Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília. Foto: Agência Brasil (Divulgação)
Por unanimidade, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou um pedido feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que o ministro Alexandre de Moraes fosse afastado de um processo envolvendo o capitão, conforme informou a Agência Brasil.
O recurso foi julgado em plenário virtual, em sessão extraordinária encerrada no final da noite de segunda-feira. O pedido era baseado em um gesto feito por Moraes durante o julgamento de um processo envolvendo lives de Bolsonaro, em 27 de setembro do ano passado, na campanha presidencial em que ele tentava a reeleição. Na ocasião, segundo a Agência Brasil, Moraes fez um gesto de degola com o dedo, o que foi interpretado pela defesa como uma manifestação de “animosidade” com Bolsonaro e de “interesse pessoal” no processo, motivo pelo qual pediram a suspeição do ministro, que é presidente do TSE.
À época, veículos de imprensa noticiaram que o gesto não tinha relação com o julgamento, mas fora direcionado a um assessor que havia demorado em cumprir uma tarefa pedida por Moraes. Independentemente disso, o ministro virou um algoz do ex-presidente e atrai a ira do seus apoiadores, assim como Sergio Moro assumiu esse papel em relação ao presidente Lula e seus militantes.